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Entrei numa lida muito dificultosa. Martírio sem fim o de não entender nadinha do que vinha nos livros e do que o mestre Frederico falava. Estranheza colosso me cegava e me punha tonto. Acho bem que foi desse tempo o mal que me acompanha até hoje de ser recanteado e meio mocorongo. Com os meus, em casa, conversava por trinta, tinha ladineza e entendimento. Na rua e na escola — nada; era completamente afrásico. As pessoas eram bichos do outro mundo que temperavam um palavreado grego de tudo. Já sabia ajuntar as sílabas e ler por cima toda coisa, mas descrencei e perdi a influência de ir à escola, porque diante dos escritos que o mestre me passava e das lições marcadas nos livros, fiquei sendo um quarta-feira de marca maior. Alívio bom era quando chegava em casa.
BERNARDES, C. Rememórias dois. Goiânia: Leal, 1969.
O narrador relata suas experiências na primeira escola que frequentou e utiliza construções linguísticas próprias de determinada região, constatadas pelo
A) registro de palavras como “estranheza” e “cegava”.
B) emprego de regência não padrão em “chegar em casa”.
C) uso de dupla negação em “não entender nadinha”.
D) emprego de palavras como “descrencei” e “ladineza”.
E) uso do substantivo “bichos” para retomar “pessoas”.
São 1200 questões de 2009 a 2024, de todas as aplicações, arrumadas por assuntos e habilidades e ainda com percentual de acertos na prova ou nível de dificuldade.
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