Linguagem em Questão | Deco Duarte

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2024 – 2ª aplicação – azul – questão 28

33ª poética

    estou farta da materialidade embrulhada do signo
    da metalinguagem narcísica dos poetas
    do texto de espelho em punho revirando os óculos modernos
    estou farta dessa falta enxuta
    dessa ausência de objetos rotundos e contundentes
    do conluio entre cifras e cifrantes
    da feminil hora quieta da palavra
    da lista (política raquítica sifilítica) de supersignos
    cabais: “duro ofício”, “espaço em branco”, “vocábulo delirante”,
    “traço infinito”
    quero antes
    a página atravancada de abajures
    o zoológico inteiro caindo pelas tabelas
    a sedução os maxilares
    o plágio atroz
    ratas devorando ninhadas úmidas
    multidões mostrando as dentinas
    multidões desejantes
    diluvianas
    bandos ilícitos fartos excessivos pesados e
    bastardos
    a pecar e por cima
    os cortinados do pudor
    vedando tudo
    com goma
    de mascar

CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.

Recorrendo à intertextualidade e à metalinguagem, esse poema expande os referentes da poética de Manuel Bandeira ao

A) reiterar a importância da tradição inaugurada pela primeira geração modernista.
B) optar por uma linguagem de sentido impreciso, marcando o afastamento do leitor.
C) propor novos níveis de possibilidades semânticas, por meio de neologismos.
D) configurar uma poesia identitária, demarcada pela manifestação de gênero.
E) introduzir, no espaço do repertório tradicional, imagens de efeito desconcertante.

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E

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